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sábado, 26 de julho de 2008

PEDOFILIA EM BELA VISTA!



Da Editoria de política


A pacata Bela Vista de Goiás tem se transformado numa campeã de violência sexual entre as cidades próximas de Goiânia. O fato mais recente envolve o funcionário público aposentado José Venâncio, 61. Ele está detido no presídio de Bela Vista com a argumentação policial de que molestou pelo menos sete adolescentes. A característica dos crimes imputados ao suspeito, ex-funcionário do Congresso Nacional e considerado pelos moradores como “figurão”, é típica: José Venâncio pagava para fazer sexo oral em jovens do sexo masculino. Em troca, esbanjaria dinheiro e bens para os adolescentes.


O Ministério Público acusa a prática de orgias em um hotel da cidade regadas ao consumo de bebidas alcoólicas e uso de drogas. O técnico em informática Cristiano Gomes Pereira foi denunciado como o aliciador dos menores. “Você quer ganhar dinheiro fácil?”, costumava ser a abordagem de Cristiano. Ele conduzia os jovens até Venâncio e acobertava a cena para que os garotos realizassem os atos sexuais.


A reportagem do DM procurou o aposentado para conhecer e publicar sua versão, mas o diretor do presídio, que estava fora da cidade, não permitiu qualquer manifestação do indiciado. Vizinhos de José Venâncio contam que o funcionário público costumava entrar e sair de casa com “rapazes novinhos”. A residência em que o suspeito é acusado de praticar sexo oral com adolescentes tem dois carros na garagem. Localizada no Centro, ela apresenta boa estrutura e portas adornadas de madeira. Um dos carros na garagem chamava a atenção por onde passava. Trata-se de veículo sport da marca Eclipse. “Ele entrava no carro e fazia a festa na cidade.


Estava na cara que praticava algo errado”, diz o comerciante José Nogueira, acostumado a escutar narrativas de pedofilia na cidade.A denúncia do Ministério Público afirma que José Venâncio pagava entre R$ 50 e R$ 500 por cada sessão de sexo com os adolescentes. A peça jurídica reúne imagens de fotos coletadas dentro do computador do aposentado, mas elas não demonstram sua participação nos episódios. As fotos apreendidas não são também dos jovens que recebiam pela violência sexual. A prova principal do crime é a declaração de cada testemunha. De acordo com o promotor Carlos Vinícios Ribeiro, os jovens acusam abertamente o aposentado de pagar para que permitissem o sexo oral. “A pena pode chegar a 30 anos”, calcula Carlos. O promotor narra que Cristiano abordava adolescentes em casas de jogos (do tipo lan house) e conduzia as vítimas para o ex-funcionário público. “A pena para Cristiano deve ser um pouco menor, mas ele é co-autor”, afirma.


Incesto O Ministério Público acusa ainda Divina de Fátima Ramos de Santos, mãe de um adolescente que teria realizado viagens com o acusado. De acordo com Carlos Vinícios, Divininha, como é chamada, permitia que o filho participasse das ações sexuais do aposentado em troca de presentes, como jogo de sofá e pagamento de contas. O escândalo sexual que envolve o ex-funcionário público difere de outros episódios que já ocorreram no município, mas ressalta a característica da cidade. O caso de José Venâncio envolve pessoa bem-sucedida que tem moradia em Brasília – exatamente o contrário de outros episódios.


“Existem várias outras denúncias de pedofilia, inclusive com incesto”, aponta .A magistrada Vanessa Estrela Gertrudes Montefusco recorda de vários episódios recentes, como do pai que praticava sexo com as duas filhas. De acordo com a juíza, nas situações que envolvem pessoas humildes, existe certa instabilidade da família: “Nestes casos, percebe-se uma certa desestruturação familiar, inclusive com indicação de alcoolismo e histórico de abuso dos agressores”, explica. A aposentada Maria Almeida das Dores fala que a cidade tem visita constante de pessoas de fora. “Bela Vista está também crescendo. O povo fica sem emprego, bebe muito e perde a cabeça”, justifica.