Agressão - Frente do Colégio Estadual São Cristovão, onde aluna enfrentou professora: centro de ensino não tem relatos de cenas de violência envolvendo estudantes e direção
Matheus Álvares Ribeiro, Da Editoria de Cidades
Uma professora da rede estadual de ensino foi agredida na última quarta-feira por uma aluna após tê-la repreendido. O caso foi encaminhado à Delegacia de Atos Infracionais (Depai), onde a menor J., 17, prestou esclarecimentos e foi liberada. Ela responderá por lesão corporal dolosa e a pena aplicada ficará a cargo do juiz (embora seja, geralmente, prestação de serviço comunitário, no caso de lesões leves). A professora não quis dar entrevistas nem comentar o caso.Segundo a direção do Colégio Estadual São Cristovão, o caso aconteceu logo após o horário de intervalo, quando J. contrariou as normas da instituição e tentou entrar na sala após o horário de aula e a professora a repreendeu. A menor então começou a agredi-la verbalmente e fisicamente. Funcionários e professores intervieram e impediram que a agressão atingisse níveis mais graves. A aluna teria ainda ameaçado a professora.Esta foi a primeira vez que um caso como este acontece na escola. Segundo o colégio, J. tinha problemas de indisciplina, mas nada que se comparasse ao que foi registrado. Ela seria uma ex-moradora de rua e vivia em um abrigo de freiras, que a teriam matriculado na instituição. Após o incidente, suas responsáveis decidiram retirá-la da escola. Até ontem a professora não havia comparecido ao trabalho com medo de que a ameaça da aluna fosse cumprida. Ela não quis se identificar, nem dar entrevistas sobre o caso.Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), esta é a primeira vez, desde 2006, que um incidente deste tipo é registrado em Goiânia. Para a secretaria, discussões entre professores e alunos são comuns, mas casos em que o aluno parte para a agressão física são isolados e raros. A secretaria também afirmou que entende o caso em decorrência da história de vida da agressora e que esta seria uma situação atípica na rede estadual de Educação.Um levantamento do Ministério Público Estadual (MP-GO) constatou que, em 2007, cerca de 520 denúncias foram encaminhadas ao órgão. Acredita-se que este número pode ser ainda maior, já que nem todos os casos são registrados e nem sempre chegam ao MP. Para tentar combater o aumento do número de casos, o MP encaminhou em abril deste ano um documento com medidas que devem ser adotadas pelas escolas diante de práticas de violência cometidas por alunos. A recomendação é que cada escola elabore regras que dêem suporte para solucionar o problema. A intenção é estabelecer um regime que discipline os alunos. A partir da publicação do documento, o MP realizou reuniões com representantes de escolas municipais e estaduais para explicar as recomendações no texto.
Matheus Álvares Ribeiro, Da Editoria de Cidades
Uma professora da rede estadual de ensino foi agredida na última quarta-feira por uma aluna após tê-la repreendido. O caso foi encaminhado à Delegacia de Atos Infracionais (Depai), onde a menor J., 17, prestou esclarecimentos e foi liberada. Ela responderá por lesão corporal dolosa e a pena aplicada ficará a cargo do juiz (embora seja, geralmente, prestação de serviço comunitário, no caso de lesões leves). A professora não quis dar entrevistas nem comentar o caso.Segundo a direção do Colégio Estadual São Cristovão, o caso aconteceu logo após o horário de intervalo, quando J. contrariou as normas da instituição e tentou entrar na sala após o horário de aula e a professora a repreendeu. A menor então começou a agredi-la verbalmente e fisicamente. Funcionários e professores intervieram e impediram que a agressão atingisse níveis mais graves. A aluna teria ainda ameaçado a professora.Esta foi a primeira vez que um caso como este acontece na escola. Segundo o colégio, J. tinha problemas de indisciplina, mas nada que se comparasse ao que foi registrado. Ela seria uma ex-moradora de rua e vivia em um abrigo de freiras, que a teriam matriculado na instituição. Após o incidente, suas responsáveis decidiram retirá-la da escola. Até ontem a professora não havia comparecido ao trabalho com medo de que a ameaça da aluna fosse cumprida. Ela não quis se identificar, nem dar entrevistas sobre o caso.Segundo a Secretaria Estadual de Educação (SEE), esta é a primeira vez, desde 2006, que um incidente deste tipo é registrado em Goiânia. Para a secretaria, discussões entre professores e alunos são comuns, mas casos em que o aluno parte para a agressão física são isolados e raros. A secretaria também afirmou que entende o caso em decorrência da história de vida da agressora e que esta seria uma situação atípica na rede estadual de Educação.Um levantamento do Ministério Público Estadual (MP-GO) constatou que, em 2007, cerca de 520 denúncias foram encaminhadas ao órgão. Acredita-se que este número pode ser ainda maior, já que nem todos os casos são registrados e nem sempre chegam ao MP. Para tentar combater o aumento do número de casos, o MP encaminhou em abril deste ano um documento com medidas que devem ser adotadas pelas escolas diante de práticas de violência cometidas por alunos. A recomendação é que cada escola elabore regras que dêem suporte para solucionar o problema. A intenção é estabelecer um regime que discipline os alunos. A partir da publicação do documento, o MP realizou reuniões com representantes de escolas municipais e estaduais para explicar as recomendações no texto.